segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Técnico Ale: "vamos sonhar com os pés no chão"

Técnico Ale Ott levou a equipe da ABELC até a
disputa da final da Bronze
Na entrada da semana onde a ABELC de Boa Vista do Buricá terá seu primeiro compromisso pela final do Estadual Série Bronze, o técnico da equipe, Alexandre "Ale" Ott, faz uma avaliação do trabalho que começou com um time estreante em um estadual, formado por jogadores da casa e da região, com pretensões iniciais de passar da primeira fase, mas que hoje está na final da Bronze.

O primeiro jogo da ABELC pela final ocorre neste sábado, dia 11, em Nova Petrópolis, a casa do União. Já a partida da volta será disputada em Boa Vista do Buricá, onde a ABELC conta com a força de sua torcida e está invicta na temporada.

Confira a seguir entrevista com o técnico Ale:

No começo da temporada, o objetivo era apenas passar da primeira fase, mas hoje o time está na final. Como você considera que isso foi possível?

"A palavra que mais usei no inicio do ano foi conscientização, e o grupo de atletas teve, nós tivemos, essa conscientização, mas, com certeza, existem muitos outros fatores que ajudaram, principalmente a união do grupo, pois os atletas de Boa Vista do Buricá receberam muito bem os atletas de fora e isso representou muito ao time, que se tornou uma família denominada "Família ABELC", somando-se a isso, claro, muito trabalho, raça e determinação."

Desde o processo de formação do time até o jogo da semifinal (na qual a ABELC eliminou o Guarany de Espumoso), qual foi o momento mais difícil pra você como técnico?

"Na primeira rodada começamos a liderar a nossa chave do Estadual a três segundos do início do primeiro jogo, com gol em Salto do Jacuí, já começando a tirar um peso das nossas costas. No começo, devido ao fato de praticamente 90% do grupo nunca ter jogado um Estadual, havia um medo.

O momento mais difícil foi no dia 26 de abril, depois de dois jogos e duas vitórias, no jogo contra o Independente de Santa Maria. Em meio a problemas profissionais e falta de tempo, falei à minha comissão que, caso viesse a vitória em Santa Maria, colocaria o cargo a disposição. Perdemos o jogo, veio o clássico no dia 2 de maio contra Horizontina, avisei a comissão, atletas e até mesmo a diretoria para todos voltarem ao vestiário depois do jogo. Eu estava com o mesmo pensamento: 'vitória vem e eu vou' essa era a ide
ia. Veio apenas o empate, mudei o meu discurso dentro do vestiário, resolvi abandonar a ideia de largar devido a minha comissão técnica, minha família e alguns amigos.

Todos falaram para eu não abandonar o time, pois era meu sonho. Pensei que também não poderia deixar o time numa situação de quatro jogos, duas vitórias, um empate e uma derrota. Pensei: 'vamos ao trabalho....'"

Como você observa a evolução do time nos jogos que se passaram até agora?

"Tivemos altos e baixos, mas, com certeza, foram muito mais altos. Fico feliz com a evolução de vários atletas nas partidas e outros se mantendo no seu potencial. Vejo um time que procura o tempo todo o gol. Sofremos muitos gols para uma equipe de futsal, mas marcamos muito mais, exatamente como eu no tempo em que jogava e me preocupava mais em fazer do que em marcar, hehe..."

O que deve ser feito em termos de preparação do time para a final da Bronze contra o União?

"Estamos trabalhando desde o domingo depois da semifinal. Enquanto nossos guerreiros de Buricá descansavam, nós já estávamos pensando na final, arrumando as finanças pra viajar um dia antes e assim por diante. Precisamos trabalhar a cabeça dos atletas. Passamos pelo Guarany de Espumoso, mas não ganhamos nada ainda. Vamos trabalhar muito, viver este momento de final e, com certeza, sonhar com o título, mas tudo com os pés no chão."

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